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Cratera queima sem parar há 38 anos, atrai turistas e intriga ciência

Há 38 anos a Intel lançava o primeiro microprocessador do mundo, o Intel 4004. Hafez al-Assad, pai de Bashar, envolvido na Guerra da Síria, tomava o poder. No mesmo ano, Bangladesh declara sua independência do Paquistão. A Austrália e Nova Zelândia retirava suas tropas do Vietnã, no meio da guerra. O Catar ganha sua independência do Reino Unido e os Emirados Árabes Unidos é fundado. Em 1971 nasceu Tupac Shakur. Morreu Jim Morrison, Nikita Kruschev e Glauber Rocha.

O mundo mudou desde esse ano movimentado, mas algo permanece desde então: a cratera Darvaza pega fogo sem parar

A cratera, apelidada de "Porta do Inferno", foi criada exatamente em 1971, por cientistas soviéticos desavisados

Eles procuravam fontes de gás natural e acharam estar em um campo de exploração de petróleo

Para isso, eles escavaram essa cratera com um time de engenharia

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Mas ficaram com medo quando uma série de gases perigosos começou a ser liberado na atmosfera

Para evitar que mais gases fossem liberados, colocaram fogo na cratera

E ela nunca mais apagou desde então

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O buraco em chamas fica na região de Derweze, no Turcomenistão

O fotógrafo e operador de drone Alessandro Belgiojoso fez algumas das mais belas imagens recentes da cratera

O local tem 30 metros de profundidade por 30 metros de diâmetro

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Em entrevista ao jornal The Sun, o fotógrafo deu mais detalhes da história do buraco em chamas

"Houve uma série de erros de cálculo e os engenheiros escavaram demais", afirma

Quando o buraco foi feito, o Turcomenistão era o quarto país com as maiores reservas de gás natural

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"Quando os gases começaram a impedir as famílias de viverem na região, os cientistas resolveram queimar o gás até ele acabar", completa

E daí ele nunca acabou

Mas ao menos serve como tema de imagens fantásticas como essa

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E rendeu visitas turísticas em uma região praticamente inóspita

São centenas de turistas que visitam a cratera todos os anos

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Apesar do local estar a 300 quilômetros da capital do país, Ashgabat

Segundo registros, da cratera exala até hoje um forte cheiro de enxofre que pode ser sentido de muito longe. Em 2011, o presidente do país emitiu ordens para apagar o fogo do local, mas o forte apelo turístico acabou fazendo a autoridade rever sua decisão e deixar que a natureza cuidasse do processo

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