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segunda-feira, 25 de março de 2019

Eduardo Speroni conta sobre vida pessoal, ‘O Último Guardião’ e preconceito

Eduardo Speroni está fazendo o maior sucesso no Brasil inteiro e é uma revelação para os jovens que sonham em atuar. O gato dá vida a Bebeto em “O Último guardião“, e nos contou qual vai ser o futuro de seu personagem na novela, assim como detalhes de bastidos, curiosidades e vida pessoal.

 

Confira a entrevista com o divo Eduardo Speroni

tt: Você sempre quis ser ator? Quando teve aquele estralo e pensou: “Eu quero atuar”?

Uma grande amiga da escola era atriz e ela sempre me incentivou a entrar no curso de interpretação do Teatro Tablado e dizia que a arte tinha muito a ver comigo. Aos 14 anos de idade, eu me matriculei e percebi que esse seria o meu caminho.Continuei estudando nessa escola por quase sete anos. Depois, me formei em Cinema pela PUC-Rio.

No total, o gato está na profissão há 10 anos, e atuando no teatro, cinema e televisão 😮

tt: Você é um ator jovem que conta com uma grande experiência no teatro. Como foi para você estrear na tv e logo numa novela das 9?

A pressão é grande e o  coração chega a ficar acelerado, perto da estreia. Mas para mim é muito importante experimentar e ter essa oportunidade é algo muito gratificante. A cada dia, me esforço em dar ao público e à crítica um trabalho em constante desenvolvimento.

tt: Você se acha parecido com o seu personagem Bebeto?

O Bebeto é um jovem que sonha em ser um dançarino profissional de streetdance. Mas seu pai, Nicolau (Marcelo Serrado), não permite que o filho dance. Também tive que lutar, dentro e fora de casa, para me impor e conseguir o respeito quanto a minha profissão. O que me ajudou a entender e me identificar com os dilemas desse jovem.

Além disso, já tive a idade do Bebeto, já vivi essa “pré-maioridade”. Sei que é uma fase de muitos sonhos, desejos e, também, de muita pressão. É o momento de traçar caminhos – vestibular, profissão, futuro, etc. Os pensamentos e o corpo vibram, pois os hormônios estão à flor da pele. Ter passado por essa fase me traz uma memória afetiva que me ajuda a compor.

Eduardo Speroni

Foto: Sérgio Baia

tt: Você procurou entrar em contato com outros meninos que fazem ballet para poder interpretar o Bebeto? O que você aprendeu com eles e trouxe para as telinhas?

Antes de começarem as gravações, fiz uma preparação de dois meses com a coreógrafa Sonia Destri Lee, diretora da Cia Urbana de Dança. Além dela, todos os bailarinos da companhia me instruíram ao longo do processo. Passamos pelos fundamentos e depois nos aprofundamos no streetdance – estilo que eu conhecia, mas nunca havia praticado.

Para mim foi essencial e muito satisfatório. Fui instruído com muito carinho e dedicação. Sinto que pude aprender bastante sobre esse vasto universo que é o streetdance. Além de poder conhecer um pouco sobre a história de cada dançarino da companhia. Mas o aprendizado não acaba nunca e vou continuar fazendo aulas de dança.

tt: Qual foi o maior desafio que você passou como ator?

Para mim, o maior desafio foi aprender a  manter a concentração, pois sempre fui um adolescente muito agitado e disperso. Lutei bastante para aprender a controlar minhas energias e colocar minha atenção em prol do personagem.

tt: O que podemos esperar do Bebeto nos próximos capítulos? Tem algum spoiler para nos dar?

Bebeto viverá uma saga para entrar na Dance Academy de Greenville. Ele fará o teste final da seleção para escola. Se ele vai passar, ai já não posso falar. Rs

Eduardo Speroni

Foto: Sérgio Baia

tt: Quais são seu projetos para 2019?

Ainda não tenho nada fechado.

tt: Você acha que os bailarinos em geral sofrem muito preconceito?

Sim. Como no caso do Bebeto, muitos jovens brasileiros ainda enfrentam um pai que acredita que dança não é coisa para homem, e portanto reprimem o talento do filho. Essa trama será importante para quebrar esse estigma na sociedade, esse preconceito que impossibilita muitos jovens de seguirem seus próprios desejos. Isso tem que mudar, o jovem precisa ter sua liberdade individual garantida e seus sonhos respeitados.

tt: O que ama fazer no seu tempo-livre?

Ir a praia.

tt: Seus pais apoiaram logo de cara a sua carreira como ator?

O pai do Bebeto tem um pensamento radical e retrógrado, que não esteve presente na minha criação. Nunca me foi imposto nada, sempre tive liberdade de escolha. Mas, de certa maneira, enfrentei uma resistência familiar quando decidi que seria ator.

Meus pais acreditavam que aquilo seria uma escolha difícil e pouco reconhecida. Um estigma que acontece com muitos que trabalham com arte. Mas eles mudaram de opinião, quando perceberam que essa trajetória envolvia muito esforço, estudo e dedicação. Atualmente, meus pais me apoiam integralmente.

 

Bom, podemos ver que o boy é acessível e uma simpatia em pessoa. E esperamos ver Eduardo Speroni em muitos outros trabalhos no futuro. E aí, estão tão apaixonadas quanto nós pelo Bebeto de “O Último guardião”😍