Pages

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Ministério Público de São Paulo denuncia Felipe Prior, do BBB20, por casos de abuso sexual

Nesta quinta-feira (6), o Ministério Público de São Paulo denunciou o ex-BBB Felipe Prior por estupro. A ação aconteceu pouco depois de a 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) concluir um inquérito sem indiciar o arquiteto por dois casos de abuso sexual e uma tentativa, que teriam ocorrido entre os anos de 2014 e 2018.

A denúncia, realizada por Danilo Romão, da 7ª Promotoria Criminal, e Fernanda Moreti, da Promotoria da Violência Doméstica, foi feita com base no artigo 213 do Código Penal Brasileiro.

O caso que teria acontecido em São Paulo, em 2014, após uma festa da faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (Universidade de São Paulo), foi encaminhado para a 7ª Vara Criminal da Barra Funda e será mantido sob segredo de Justiça. Enquanto os outros dois casos, por terem supostamente acontecido fora da capital, serão enviados aos promotores locais, que irão analisar as denúncias.

Apesar da decisão de não indiciar Prior pelos crimes, Maria Valéria Pereira Novaes ressaltou que a conclusão do inquérito pela polícia não inocenta o ex-BBB. Inclusive, vale lembrar que o relatório final do caso, com 12 páginas contendo levantamento de provas, depoimentos das testemunhas e do autor, foi enviado ao Ministério Público, que denunciou o arquiteto.

Em nota, as advogadas Maira Machado Frota Pinheiro e Juliana de Almeida Valente, que representam as supostas vítimas, afirmaram que ”o oferecimento da denúncia contra Felipe Prior demonstra a consistência das provas do caso, apesar das tentativas de desacreditar as acusações e as vítimas”.

“[A denúncia] reforça a confiança de que o caso chegará a um desfecho com o mínimo de Justiça, apesar das marcas que estarão para sempre com toda as mulheres que sofreram abuso. Lutamos neste momento, não só para que um abusador seja responsabilizado, mas para que no futuro mulheres possam denunciar agressões sem serem atacadas, revitimizadas e desacreditadas pela sociedade e até por estruturas de Estado criadas para acolhê-las”, concluíram.