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'Peixe do fim do mundo' é pescado em três países e preocupa cientistas

Ele tem muitos nomes — regaleco, peixe-remo ou rei-dos-arenques — e é muito raro ser encontrado em praias ou mesmo pescado. Tudo porque vive em águas bastante profundas, coisa de 600 a 1.000 metros de profundidade. E é conhecido como "peixe do fim do mundo", por dizerem que ele tem a capacidade de prever grandes desastres naturais, principalmente terremotos. Recentemente, dois deles apareceram no Peru e vários deles foram vistos em águas rasas no Japão, o que segundo especialistas e boatos locais, é um mau prenúncio

O peixe-remo é apelidado também de "peixe dos tremores", por seu avistamento ter uma suposta ligação com terremotos

Não é difícil entender: eles vivem em águas muito profundas e terremotos acontecem (de forma resumida) devido à movimentos de placas tectônicas e esses movimentos deslocam grandes quantidades de água no oceano, o que os leva a fugir

Por isso, ver mais de um deles em um curto período de tempo perto da superfície ou até nas praias é um sinal bem ruim

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Para piorar, o aspecto do peixe-remo é assustador, com seu formato alongado e mais de 10 metros

Foi considerado um monstro marinho durante muito tempo, e só em 2001 foi filmado na água pela primeira vez

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A história da ligação deles com terremotos começou no Japão, em 2011

Na época, um terremoto causou um desastre nuclear em Fukushima e um tsunami posterior matou 20 mil pessoas

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Antes do terremoto, ao menos 20 peixes-remo foram vistos encalhados em praias japonesas

Antes do Japão, vários pescadores viram diversos peixes-remo perto da costa do Chile, dias antes de um terremoto de 8,8 graus atingir o país

O especialista em ecologia e sismologia Kiyoshi Wadatsumi, afirmou ao Japan Times que "peixes que vivem perto do fundo do mar são muito sensíveis aos movimentos de falhas ativas"

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O site LiveScience lembra que não são apenas os peixes do fundo do mar que parecem conseguir detectar tremores de terra

Por exemplo, em fevereiro de 1975, autoridades mandaram evacuar a cidade chinesa de Haicheng, na época com mais de 1 milhão de habitantes. O motivo envolvia uma migração em massa de animais do lugar, incluindo cobras que estavam hibernando e saíram do esconderijo meses antes. Um dia depois um terremoto de 7,3 graus de magnitude atingiu a cidade e milhares de vidas foram salvas, segundo estudos oficiais

Já no Smithsonian's National Zoological Park, em Washington, diversos animais (principalmente cobras, gorilas e flamingos) gritaram como em pedidos de socorro e se abrigaram na copa das árvores. Horas depois, um terremoto 5,8 atingiu a cidade, em 23 de agosto de 2010

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